terça-feira, 27 de agosto de 2013
Fim da URSS
O ano de 1989 viu as primeiras eleições livres no mundo socialista, com
vários candidatos e com a mídia livre para discutir. Ainda que muitos partidos
comunistas tivessem tentado impedir as mudanças, a perestroika (reconstrução)
e a glasnost (transparência) de Gorbachev tiveram grande efeito positivo
na sociedade. Assim, os regimes comunistas, país após país, começaram a cair. A
Polônia e a Hungria negociaram eleições livres (com destaque para a vitória do
partido Solidariedade na Polônia), e a Tchecoslováquia, a Bulgária, a Romênia e
a Alemanha Oriental tiveram revoltas em massa, que pediam o fim do regime
socialista. e na noite de 9 de novembro de 1989 o Muro de Berlim começou a ser
derrubado depois de 28 anos de existência. Antes da sua queda, houve grandes
manifestações em que, entre outras coisas, se pedia a liberdade de viajar. Além
disto, houve um enorme fluxo de refugiados ao Ocidente, pelas embaixadas da
RFA, principalmente em Praga e Varsóvia, e pela fronteira recém-aberta entre a
Hungria e a Áustria, perto do lago de Neusiedl. Em 1990, com a reunificação
alemã, a União Soviética cai para o posto de quarto maior PIB mundial. Este
quadro piora rapidamente com a nova crise da transição para o capitalismo nos anos
1990, quando a Rússia torna-se o 15º PIB mundial. Entre 1987 e 1988 a URSS
abdica de continuar a corrida armamentista com os Estados Unidos, assinando uma
nova série de acordos de limitação de armas estratégicas e convencionais. A
URSS inicia a retirada do Afeganistão e começa a reduzir a presença militar na
Europa Oriental. O governo soviético pressiona aliados pela negociação de paz
em conflitos como a Guerra Civil Angolana, onde os termos para o fim do
conflito são estabelecidos em acordo com os EUA, Angola, Cuba e África do Sul.
Esta nova postura também significou a redução de todas as formas de apoio
(político, financeiro e comercial) que esta potência dava a regimes aliados em
todo o mundo. No plano interno, Gorbatchov enfrentou grandes resistências da oligarquia
e dos burocratas partidários (os apparatchiks). A linha dura do partido via a postura
de Gorbatchov no plano internacional como covarde e acusava-o de trair a URSS e
o socialismo. Estes grupos eram contra a retirada do Afeganistão e defendiam
que a URSS deveria intervir nos países da Europa Oriental que estavam passando
por processos de democratização e abandonavam o socialismo, como a Polônia. Em
1991, setores mais belicistas do governo soviético defenderam que a URSS
deveria ter apoiado o Iraque na Guerra do Golfo contra a coalizão de países
liderada pelos Estados Unidos e passaram a criticar o governo Gorbatchov como
fraco.
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